POESIAS

Os jornais, pequenas revistas, almanaques, entre outros, eram pródigos nas publicações de curiosidades, anedotas, charadas e poesias.

Escolhi, entre centenas, uma poesia publicada na edição de 12 de março de 1891 do “Correio Amparense” que se apresentou sem o nome do autor.

Correio Amparense

12/03/1891

Beijo

O beijo que em carta veio

Não tem gosto, vou jurar,

Que os beijos pelo correio

Nunca os lábios vão tocar.



Seu chimétrico favor

A bocca só me enche d’água

E sinto, digo-o, com mágua,

Que não tem nenhum sabor



Fructos desses dão ventura

Dão muito prazer até!...

Mas, filha, só tem doçura

Colhidos no proprio pé!